Renascer diante de um diagnóstico crônico

Com a proximidade da Páscoa, os cristãos falam no renascer de Jesus Cristo. Porém, há muito simbolismo por trás disso.

Você havia reparado que a palavra renascer significa ‘nascer de novo’? E, quando estamos diante de um diagnóstico de doença crônica, esse sentimento se impõe. Na vida de um bebê, a notícia faz os pais serem obrigados a ressignificar não só as expectativas em relação ao filho, mas a mergulhar em um mundo completamente novo de sinais, sintomas e tratamentos.

Na fase da adolescência, a insegurança vem como uma bomba em uma etapa da vida conturbada por si só. A sensação de que não há luz no fim do túnel fica em evidência. Para os adultos, o diagnóstico crônico nos faz perder a ilusão de controle diante do nosso destino – como se algum dia tivéssemos as rédeas dele.

Independentemente do momento em que estamos, o luto de uma trajetória repleta de expectativas nos coloca no lugar de renascimento. É como se tivéssemos que aprender a cuidar de nós mesmos tudo do zero. ‘Não queria ter recebido essa notícia do médico’, ‘por que comigo?’ ou ‘quando será que vou morrer’? são pensamentos muito comuns e até esperados psiquicamente.

O que conseguimos mudar, e aí isso pode estar no nosso controle em certa medida, é a perspectiva diante da realidade, que se apresenta desafiadora. Ressignificar nossa trajetória, pegando as vivências até aqui como base, e desenvolver o nosso despertar de consciência.

Se você estava em uma rotina estressante e corrida, por que não desacelerar e prestar mais atenção no seu corpo e mente? Se tinha planos e sonhos pré-estabelecidos, já pensou em ‘recalcular a rota’ para um outro rumo? É possível que faça até mais sentido a partir de agora.

Aos poucos, à medida em que renascemos diante de um diagnóstico de doença crônica, amadurecemos a ideia de compartilhar nossas vivências, deixando de lado a incerteza do futuro, ajudando outras pessoas que passam por situações parecidas. Mudar pode ser assustador, mas ‘nascer de novo’ vai te surpreender.

Veja também no site da CDD

Compartilhe!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima