SAÚDE DA MULHER
Câncer de mama
- Ser mulher;
- Idade – mulheres acima dos 50 anos correm mais risco;
- Histórico familiar (parentes que já tiveram a doença);
- Não ter filhos ou ter depois dos 30 anos;
- Elevado consumo de álcool (uma dose diária);
- Excesso de peso (gordura na região abdominal);
- Falta de exercícios físicos;
- Ciclo menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama;
- Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando más-formações) e carcinogênicos.
- Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
- Saída espontânea de líquido dos mamilos
Além de estar atenta ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas.
Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada.
Alguns mitos sobre o câncer de mama assustam muitas mulheres sobre o possível desenvolvimento da doença. Confira abaixo as dúvidas mais comuns sobre os riscos.
- grotóxicos nos alimentos – não existe associação comprovada entre uso de agrotóxicos e câncer de mama;
- Fumo – Não há associação comprovada entre câncer de mama e cigarro;
- Uso de antitranspirantes e uso de sutiãs com suporte metálico – Não existem evidências de que desodorantes e sutiãs causem câncer de mama;
- Aborto – Abortos espontâneos também não elevam o risco de ter câncer de mama;
- Implantes de silicone – implantes de silicone formam cicatriz na mama e podem dificultar a detecção precoce do tumor, bem como a visualização do tecido mamário nas incidências padrões da mamografia. Contudo, não aumentam o risco de câncer.
O tratamento desse câncer varia conforme o tipo e o local em que o nódulo está. As formas mais comuns são: quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia (para bloquear a ação dos hormônios femininos), e a cirurgia parcial (retirada do tumor) ou mastectomia (retirada completa da mama).
É possível ainda complementar o tratamento com recursos terapêuticos, além do auxílio de um profissional psicólogo.
Mamografia de rastreamento e mamografia diagnóstica: qual a diferença?
Mamografia diagnóstica
A mamografia diagnóstica, assim como outros exames complementares com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica geralmente não é solicitada em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.
O SUS oferece exame de mamografia para todas as idades, quando há indicação médica.
Mamografia de Rastreamento
Pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. Conheça os principais benefícios e riscos desse exame:
Benefícios:
Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.
Riscos:
- Suspeita de câncer de mama. Isso requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.
- Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
- Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
- Exposição aos Raios X. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição.
Câncer do colo do Útero
Os principais tipos de câncer de colo do útero são: carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma.
90% dos cânceres de colo do útero são carcinomas de células escamosas. Estes cânceres se desenvolvem a partir de células do exocervix e as células cancerosas têm características de células escamosas sob o microscópio.
A maioria dos outros tipos de câncer colo do útero são adenocarcinomas. Os adenocarcinomas são cânceres que se desenvolvem a partir de células das glândulas. O adenocarcinoma de colo do útero se desenvolve a partir das células glandulares produtoras de muco do endocervice. Nos últimos 20 a 30 anos, os adenocarcinomas de colo do útero se tornaram cada vez mais comuns.
Com menos frequência estão os cânceres do colo do útero que têm características comuns aos carcinomas de células escamosas e aos adenocarcinomas, são os denominados carcinomas adenoescamosos ou carcinomas mistos.
Embora quase todos os cânceres cervicais sejam ou carcinomas de células escamosas ou adenocarcinomas, outros tipos de câncer também pode se desenvolver no útero. Por exemplo, melanoma, sarcoma, e linfoma, que ocorrem mais frequentemente em outras partes do organismo.
Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já se encontra em estágio avançado.
- Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
- Sangramento após o ato sexual;
- Dor pélvica.
- Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores, problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.
Alguns cânceres de colo do útero podem ser diagnosticados pelo resultado anormal do exame Papanicolau, o que levará à realização de mais exames para uma confirmação diagnóstica da doença.
O câncer de colo do útero também pode ser diagnosticado através dos sintomas como sangramento vaginal anormal ou dor durante a relação sexual.
No caso de diagnóstico de câncer de colo do útero invasivo, o médico a encaminhará para um oncologista ginecológico, médico especializado em cânceres do sistema reprodutivo feminino.
Histórico Clínico e Exame Físico
Durante a consulta, o médico fará perguntas sobre o histórico clínico da paciente e de seus familiares mais próximos. Isso inclui informações relacionadas aos fatores de risco e sintomas do câncer de colo do útero. O exame físico completo avaliará o estado geral de saúde da paciente. O médico fará um exame pélvico e pode colher material para o Papanicolau. Além disso, atenção especial será dada aos nódulos linfáticos para verificar a presença (ou não) de metástase.
O exame de Papanicolau é um exame rotineiro de prevenção, não um exame de diagnóstico. Um resultado do Papanicolau anormal, significa que outros exames deverão ser realizados para determinar a presença de um câncer ou uma lesão pré-cancerosa. Esses exames incluem a colposcopia e a raspagem endocervical.
O tratamento desse câncer pode ser realizado por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.
A cirurgia consiste na retirada do tumor e, ocasionalmente, na retirada do útero e da porção superior da vagina. De acordo com a paciente, seu modo de vida (o desejo de ter filhos) e com o estágio do câncer, é escolhida uma técnica específica para a realização da operação.
Já o tratamento por radioterapia tem a finalidade de reduzir o volume tumoral e melhorar o local, para depois realizar a radioterapia interna.
A quimioterapia é indicada para tumores em estágios avançados da doença.
Conviver com um câncer não é nada fácil, na verdade é uma tarefa extremamente árdua que exige muito do corpo e da mente do paciente. Os tratamentos contra o câncer do colo de útero podem remover a lesão ou destruir as células cancerígenas, mas até seu fim e cura completa há um longo caminho a ser percorrido.
Além da importância do acompanhamento do ginecologista e do oncologista, é imprescindível que sejam realizadas consultas com um psicólogo para garantir o bem-estar da mulher. Mesmo após o termino do tratamento, é importante que o acompanhamento pelos profissionais continue, para observar o comportamento do corpo em relação a uma recidiva do câncer e reforçar a necessidade de bons pensamentos para o avanço da saúde da paciente. Além disso, para superar a doença, o apoio dos familiares é essencial.
Candidíase
Cervicite ou Endocervicite
Cólica Menstrual
Corrimentos
Corrimento é a secreção expelida pela vagina que pode ser normal ou anormal. Quando normal ela é composta por substâncias semelhantes à do soro sanguíneo, é translúcida ou levemente esbranquiçada e com um odor típico levemente adocicado devido ao ácido lático, em casos anormais costuma possuir odor e coloração diferentes e/ou causar incômodos no local.
As principais causas do corrimento anormal são:
• Infecções Vaginais;
• Vulvites e vulvovaginites;
• Infecções cervicais ou do colo do útero;
• DSTs;
• Alergias
As causas dos corrimentos anormais infecciosos mais conhecidos são: a candidíase, a tricomoníase, e a vaginose bacteriana.
Quando o corrimento vaginal apresenta alguma cor, cheiro, consistência mais espessa ou diferente do costume, pode indicar a presença de alguma infecção vaginal ou a presença de alguma doença sexualmente transmissível.
Por isso, quando o corrimento vaginal não é uma secreção transparente e tem cor branca, amarela, verde, rosada ou marrom pode indicar diferentes problemas como infecções vaginais por exemplo, sendo importante consultar o ginecologista para tratar o problema.
O corrimento branco e espesso, tipo leite coalhado geralmente é acompanhado de outros sintomas como coceira, vermelhidão e sensação de queimação na região da vulva e da vagina.
O corrimento amarelo, acinzentado ou amarelo-esverdeado, com cheiro forte semelhante a peixe que pode estar associado a outros sintomas como dor e sensação de queimação durante a relação íntima ou ao urinar.
O corrimento marrom ou a presença de sangue no corrimento está geralmente associado a outros sintomas como dor e ardor ao urinar.
O corrimento na gravidez quando surge é importante ser tratado o mais rápido possível, pois para impedir complicações e evitar prejudicar o bebê.
O corrimento líquido e transparente, semelhante à clara do ovo, pode indicar que está no período fértil do ciclo menstrual, sendo por isso essa a altura ideal para a mulher engravidar se não estiver sob o efeito do anticoncepcional.
O corrimento rosado, pode indicar o inicio da gravidez, pois pode ser causado pela fecundação do óvulo e é frequente ocorrer até 3 dias depois do contato íntimo. Juntamente com este tipo de corrimento é comum surgir leves cólicas abdominais que são normais e acabam passando sem tratamento.
DSTs
As doenças sexualmente transmissíveis (DST), também chamadas de infecções sexualmente transmissíveis (IST), são doenças causadas por micro-organismos transmitidos durante o contato íntimo, por isso devem ser evitadas com o uso de preservativos. Estas infecções causam sintomas muito incômodos na mulher, como ardência, corrimento vaginal, mau cheiro ou surgimento de feridas na região íntima.
Classificam-se como:
• Obrigatoriamente de transmissão sexual;
• Frequentemente transmitida por contato sexual;
• Eventualmente transmitida por contato sexual.
* O não uso da camisinha é a principal causa do contágio.
As doenças mais conhecidas são:
Gonorreia – Infecção causada por bactéria. Na mulher, tem aspecto clínico variado, desde formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelados e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra.
Sífilis – É uma infecção causada por bactéria. No homem e na mulher, 20 a 30 dias após o contato sexual, surge uma pequena ferida (úlcera) em um dos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero, reto).
Cancro mole ou bubão – É causado pela bactéria Haemophilus ducrey. Nesse caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.
Tricomoníase – É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. Não há sintomas em homens.
Herpes genital – É causado por vírus. Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam ardência ou queimação, e cicatrizam sozinhas. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas estão no pênis, vagina ou boca.
Condiloma acuminado ou crista de galo – É causado pelo HPV, uma virose que está relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Inicialmente, é caracterizado por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. O tratamento deve ser realizado em conjunto pelo casal.
Candidíase – É a infecção causada por micose ou fungo chamada de Candida albicans, que produz corrimento semelhante a leite coalhado, que causa muita coceira e afeta 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. No homem dá coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio. Deve-se tratar o casal. Pode não ser uma doença adquirida por transmissão sexual.
Clamídia – É considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde que nasçam de mães contaminadas ou durante o contato sexual. Nas mulheres, a porta de entrada é o colo uterino. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento.
Endometriose
Infecção Urinária
HPV
Mioma
Osteoporose
Os principais fatores de risco de desenvolvimento dessa doença são:
• Pele branca; • Histórico familiar de osteoporose; • Vida sedentária; • Baixa ingestão de Cálcio e /ou vitamina D; • Fumo ou bebida em excesso; • Medicamentos, como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glocorticoides e heparina; • Doenças de base, como artrite reumatoide, diabetes, leucemia, linfoma. Os locais mais afetados por essa doença são a coluna, o pulso e o colo do fêmur, sendo este último o mais perigoso. É considerada o segundo maior problema de saúde mundial, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares.