Sou diabética do Tipo 1 há exatos 20 anos, e quando recebi meu diagnóstico o Hospital no qual eu me tratava, me encaminhou para um grupo de crianças diabéticas. Eu não gostava muito, mas como era parte do tratamento, participei. Depois, conheci a ADJ – Associação de diabéticos juvenis -, e passei a participar de eventos para adolescentes diabéticos. Naquele momento, eu não entendia muito bem isso.
Durante uns 10 anos me afastei desses grupos e foi justamente quando fui acometida de várias complicações, por conta do desleixo. Em 2015, conheci um grupo de mães diabéticas e especialmente, a Kath Paloma, que também tem o mesmo diagnóstico que eu, e entendi o porquê de me encaminharem para um grupo de pessoas diabéticas lá no início, e é sobre isso que queria falar um pouquinho.
Embora nossos familiares sejam super solidários, companheiros e nos ajudem demais na caminhada, um amigo que tem aquele mesmo sintoma que você, que experimentou uma seringa ou alimento diet diferente e te indicou. Ou aquele aplicativo de contagem de carboidratos que sua amiga usa e você resolveu experimentar. Ou aquele adesivo para o sensor do glicosímetro, dentre outras rotinas da doença, que só quem vive sabe o que é. Enfim, ter um amigo de diagnóstico é sensacional, eu amo a Kath, amo conversar com ela, não só sobre diabetes, mas sobre todas as coisas. E você, tem uma amigo de diagnóstico?
Aquele amigo que vai te puxar a orelha, quando você pisar na bola – e você não vai poder falar que ele não passa pelo o que você passa, né? Que vai te dar um ombro, uma a
palavra amiga, ir naquele congresso sobre novos tratamentos e até te indicar um médico legal. E ainda mais, você poderá fazer tudo isso por ele, porque é uma via dupla, um sente o que o outro sente. O diabetes, para mim, trouxe pessoas maravilhosas, experiências maravilhosas e dolorosas, que foram mais fáceis de enfrentar em parceria com outras pessoas diet.
Se eu pudesse dar uma dica eu diria: procure um grupo, um coletivo de pessoas com diagnóstico igual ao seu, coletivamente os pesos são mais leves. Nesses grupos, podemos trocar conhecimento sobre leis, direitos e informações úteis para nosso tratamento. Enquanto a cura não vier, precisamos lidar com nosso diagnóstico, e em parceria com outras pessoas é muito melhor!

Obrigada Kath, pelos últimos anos juntas!

Piquenique de mães diabéticas, organizado pela Kath no Parque do Ibirapuera

 

Simony dos Anjos é diabética há 20 anos, mãe do Bernardo (7) e da Nina (3), casada com o Rodrigo há 7 anos.

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