Tenha orgulho de você!

Ninguém sabe sobre os perrengues que você passou, o quanto de humilhação e insegurança viveu até chegar aqui. Por que não nos permitimos nos parabenizar e sentir orgulho?
Por Camila Tuchlinski

Queria começar a coluna de hoje parafraseando um trecho da música ‘A Estrada’, do grupo Cidade Negra, eternizada na voz de Toni Garrido: “Você não sabe o quanto eu caminhei / Pra chegar até aqui / Percorri milhas e milhas antes de dormir / Eu nem cochilei”.

Ninguém sabe sobre os perrengues que você passou, o quanto de humilhação e insegurança viveu até chegar aqui. E, por vezes, nem a gente mesmo para para pensar a respeito. Se olharmos com generosidade pela estrada percorrida, seríamos capazes de sentir orgulho de nós mesmos. Por que não nos permitimos nos parabenizar?

Quando faço essa reflexão, não consigo deixar de imaginar a criança que, no parquinho, tenta chamar atenção dos adultos. ‘Olha como eu pulo alto!’, implora a pequenina, por um pouco de reconhecimento. Em vão, sobretudo em tempos de atenção dividida com as telas dos celulares dos pais e responsáveis.

Aquele olhar infantil busca aprovação e orgulho. Poucos de nós ouvimos isso quando crianças. E, hoje, temos essa dificuldade de identificar o quanto somos capazes, potentes e incríveis nas pequenas coisas que fazemos.

Mas a gente pode mudar isso. Além de começar a notar as coisas que conseguimos realizar com maestria, das simples às complexas, que tal falar para uma pessoa com quem convive que você tem orgulho dela?

Só cuidado para não banalizar, né? Então, inicie esse processo treinando a sua observação: ela se esforçou naquilo que estava fazendo, dedicou parte da atenção e carinho naquilo? Que tal dizer como está orgulhoso de vê-la motivada e empenhada? Muitas vezes, a trajetória merece mais ‘medalhas’ e congratulações do que o resultado, afinal, é nela que aprendemos a evoluir.

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