Ter a pele constantemente ferida e sensível não é nada fácil, o frio potencializa os meus sintomas pelos efeitos que ele acaba refletindo externamente em mim.
Eu não sou nada chegava no frio, é gostoso ficar nas coberta em um tempinho mais nublado e ver filmes, é, quando o dia amanheci assim, tudo bem, eu consigo lidar, mas quando são dias e semanas dessa forma, eu já começo a sentir muitas saudades do verão e minha pele também.
No frio eu bebo menos água, acabo tomando banhos mais demorados e quentes o que acabam por ressecar ainda mais minha derma que já é por natureza sensível, ela acaba pedindo muito mais hidratante e nem sempre eu consigo fazer essa reposição necessária, e os tecidos então? É uma grande dificuldade encontrar roupas que sejam aquecidas mas que não piniquem, que não acabem causando uma dermatite de contato. O rosto, lábios e mãos, que ficam o tempo todo expostos, sofrem em dobro, sendo agredidos pelo vento e o ar gelado.
O frio agride minha pele tanto quanto minhas mãos, ele colabora para os meus sintomas e períodos de instabilidade. Isso não é uma regra a quem fique ruim no verão e melhor no inverno.
Como lidar? A vida do atópico é um exercício diário de prática real, a minha pele esta vivendo em meu corpo e tentando se adaptar as intercorrências que ela sofre, que são um fato, primeiro eu passo a odiar o frio a ter um sentimento de ranço por ele, mas eu não tenho como evitá-lo porque ele faz parte do clima, eu não consigo me mudar para o nordeste no frio e voltar para a minha Cidade no verão, infelizmente. Lidar é enfrentar os sintomas quando eles aparecem, tratar da pele e cuidar da minha mente, para que o emocional não seja outro potencializador, ou que pelo menos ele esteja mais bem administrado na maior parte do tempo.
Ao invés de pensar que eu vou sofrer no frio, prefiro pensar que eu tentar lidar com os meus sintomas da melhor forma que eu conseguir.
Por hoje é isso atópicos.
Qual a sua relação com o frio? Me conta.
E não se esqueça: Você não é só pele.
Com carinho,
Camis
@vcnaoesopele