Meu método contraceptivo – DIU de cobre

A sigla DIU significa dispositivo intra-uterino e se refere ao método contraceptivo em que uma pequena haste em forma de Y é colocada dentro do útero.

Esta pequena haste fica por um tempo dentro do útero (que varia de 5 a 10 anos) e libera substâncias que tornam o útero um local hostil para o espermatozoide, impedindo que ele fecunde o óvulo.

O DIU de cobre, como o nome sugere, é uma haste revestida com este metal. Ele libera pequenas quantidades de cobre no útero, causando algumas alterações no endométrio (tecido que recobre a parte interna deste órgão), no muco e na motilidade das trompas. Ocorre uma reação inflamatória que não faz mal ao organismo, mas torna a região hostil ao espermatozoide. O uso do DIU de cobre tem chances bem pequenas de gravidez (0,7%).

Efeitos colaterais
De modo geral, o uso do DIU pode causar dores na pélvis e aumentar o risco de infecções vaginais, apesar destes sintomas serem raros.

No caso de cada tipo existem efeitos colaterais específicos.

O DIU de cobre, por alterar o endométrio e muco, costuma:
– Aumentar o volume da menstruação
– Causar mais cólicas menstruais.

Adaptação ao uso do DIU
A adaptação do uso do DIU varia de mulher para mulher.

Assim que o dispositivo é colocado, é normal que a mulher sinta um leve desconforto que pode durar por mais ou menos um dia.

Mas, de modo geral, qualquer desconforto costuma durar poucos dias.
Vantagens e desvantagens do DIU

Entre as vantagens do DIU está o fato de ele ser um dispositivo que fica fixo por um certo período no útero e funciona sozinho, não havendo risco de ser mau usado e por isso ter sua eficácia reduzida.

Entre as vantagens específicas do DIU de cobre estão:
– Baixo custo
– Pode ser usado por até 10 anos
– Não têm sua eficácia reduzida por nenhum medicamento.

Como o DIU é colocado
O DIU pode ser inserido em qualquer momento do ciclo menstrual, contanto que se tenha certeza de que a paciente não se encontra grávida. A sua eficácia é imediata, independentemente do momento do ciclo.

No entanto, é comum que ele seja colocado na época da menstruação, já que nesse período o colo do útero fica um pouco mais dilatado facilitando o processo.

Antes da implantação, o ginecologista deve fazer um exame ginecológico para descartar a presença de alterações anatômicas e de infecção ginecológica.

O DIU fica implantado dentro do útero e uma fina cordinha ligada à extremidade inferior do dispositivo fica localizada dentro da vagina para servir de suporte no momento da extração do DIU. Esse fio é muito fino e fica muito próximo à saída do colo do útero. Geralmente corta-se em dois centímetros para fora do orifício externo para ser visualizado e ser fácil de ser retirado.

Em quanto tempo após a retirada do DIU é possível engravidar?
Após a retirada do DIU, a mulher retoma sua fertilidade de imediato e já pode começar a tentar engravidar. Não há necessidade de esperar nenhum prazo. Vale lembrar que qualquer casal tem algo como 50% de chance de engravidar após a suspensão de qualquer método contraceptivo, chegando a 85% em 6 meses. Assim, se não houver impedimentos, a gestação deverá ocorrer em curto espaço de tempo.

DÚVIDAS FREQUENTES

O DIU pode se deslocar ou sair sozinho?
Durante a menstruação o útero, que é um músculo, pode se contrair, alterando a posição do DIU e até mesmo expulsando-o. Por isso, seu monitoramento deve ser constante. Contudo, uma vez dentro da cavidade este terá sua ação contraceptiva mantida.

Como o DIU afeta a ovulação?
O DIU não costuma alterar a ovulação, por isso, sintomas como retenção de líquido e inchaço, comuns antes da menstruação (na chamada fase lútea) não são eliminados.

Como é a adaptação à colocação do DIU?
Isso pode variar de mulher para mulher, mas em geral a adaptação é simples, pode-se ter um aumento de fluxo e sentir a dismenorreia levemente aumentada, que melhora com o tempo em geral.

É possível engravidar usando DIU?

O método tem 99% de sucesso em contracepção (Índice de Pearl). É muito raro acontecer uma gestação usando DIU.

Fonte: Minha Vida http://bit.ly/2EEAxc3
Ginecologista Pedro Monteleone (CRM-SP 81123), coordenador técnico do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e diretor da Clínica de Reprodução Humana Monteleone
Ginecologista Vamberto Maia (CRM-SP 118.297), especialista em reprodução humana assistida e membro do corpo-clínico da Clínica Mãe
Adaptação: Redação AME

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