Descubra quais são os passos para determinar seu grau de perda óssea e diagnosticar a Osteoporose

A osteoporose é uma condição que pode não apresentar sintomas em seus estágios iniciais. Apesar disso, esta doença silenciosa é muito real: segundo a Associação Brasileira de Avaliação da Saúde Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a osteoporose no Brasil.

A única maneira precisa de detectá-la é fazendo um rastreamento para a osteoporose. Apesar do grande número de pessoas consideradas em risco, os dados de mais de um milhão de mulheres nos Estados Unidos mostram que apenas cerca de 26,5% das pessoas com 65 a 79 anos são rastreadas para osteoporose, observa um estudo conduzido pela AARP e publicado no The American Journal of Medicine em novembro de 2016.

Veja como os médicos podem detectar a perda óssea e diagnosticar a osteoporose para começar a tratá-la.

1. Discutindo fatores de risco

O primeiro passo do seu médico para o diagnóstico de osteoporose será descobrir o seu risco para a doença. Ele conversará com você sobre seu histórico pessoal de saúde e qualquer histórico familiar de osteoporose. Ao visitar seu médico, ele pode te fazer as seguintes perguntas:

  • Você fraturou um osso recentemente?
  • Você cai muito ou perde o equilíbrio?
  • Sua mãe já teve uma fratura de quadril? E quanto a outros parentes mais velhos?
  • Que medicamentos você está tomando ou já toma há muito tempo?
  • Recentemente, você ficou de cama ou em casa por um longo período de tempo?
  • Você é uma pessoa fisicamente ativa?
  • Você fuma ou bebe muito álcool?
  • Se aplicável, quando você começou e parou de menstruar? Seus ciclos foram ou são regulares?
  • Você tem outras condições crônicas de saúde, como diabetes ou artrite reumatoide?
  • Quanto cálcio e vitamina D você ingere diariamente?
  • Você está tendo alguma dor ou problemas para realizar atividades regulares – como se levantar de cadeiras – que costumavam ser fáceis para você?

Com base em suas respostas a essas perguntas, sua idade e outras observações que seu médico pode fazer sobre sua saúde, como mudanças em sua altura e postura, ele pode ser capaz de dizer a você qual parece ser o seu nível de risco de osteoporose. Se você está sob risco de perda óssea, seu médico provavelmente recomendará que você faça um teste de rastreamento de osteoporose.

2. Testes de rastreio

“O padrão ouro para o diagnóstico de osteoporose inclui uma combinação de avaliação de fatores de risco clínicos e a realização de uma avaliação da densidade mineral óssea (DMO) de sua coluna e quadris, que é feita com uma absorciometria por raio X com dupla energia (DEXA)”, explica Mary Bouxsein, professora associada de cirurgia ortopédica na Harvard School of Medicine e diretora do Center for Advanced Orthopaedic Studies do Beth Israel Deaconess Medical Center, ambos em Boston. De acordo com as diretrizes da National Osteoporosis Foundation publicadas em 2014 na Osteoporosis International, se você é uma mulher de 65 anos ou mais ou um homem que tem pelo menos 70 anos, seu médico deve recomendar um rastreamento para você, mesmo que você não pareça estar em risco de osteoporose.

O teste DXA é breve e indolor, e envolve ficar deitado por alguns minutos enquanto um dispositivo em forma de varinha faz leituras de sua DMO por cima. Você será exposto a uma pequena quantidade de radiação durante o teste (apenas cerca de um décimo da quantidade em uma radiografia de tórax). Versões menores dessas máquinas às vezes são usadas para oferecer exames de densidade óssea em farmácias e feiras de saúde, mas medem apenas a DMO de ossos menores, como o calcanhar, e não são consideradas tão precisas.

Seus resultados são expressos como um número denominado T-score. Esta pontuação indica se a sua DMO está acima ou abaixo da de um adulto jovem e saudável. Se você estiver experimentando perda óssea, seu T-score será um número negativo porque você tem menos densidade mineral óssea do que o padrão medido em adultos jovens. O intervalo básico de T-scores é:

  • +1 a -1 significa que seus ossos são considerados normais
  • -1 a -2,5 significa que você tem osteopenia ou baixa densidade óssea
  • -2,5 ou inferior significa que você tem osteoporose

Cada declínio de um ponto em seu T-score se traduz em perda óssea de aproximadamente 10 a 12%, de acordo com Bouxsein.

Seu médico também pode prescrever um raio-X tradicional para verificar se há ossos que possam estar fraturados ou quebrados, principalmente da coluna vertebral.

4. Compreendendo o risco de fratura

Se você for diagnosticado com osteoporose, é importante tomar medidas para evitar fraturas ósseas. “O algoritmo desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde é chamado FRAX (Fracture Risk Assessment Tool) e é basicamente uma calculadora para o risco de fratura de um indivíduo ao longo de 10 anos, dados seus fatores de risco clínicos e medição de DMO”, disse Bouxsein.

Determinar se você tem osteoporose e quão grave ela pode ser – usando tanto seu histórico individual e familiar, bem como seu T-score – pode ajudar você e seu médico a tomarem decisões sobre como tratar a doença e reduzir o risco de fratura. E se os resultados do seu exame voltarem ao normal, você pode ficar tranquilo e continuar fazendo tudo o que puder para prevenir a osteoporose.

 

Fonte: Everyday Health

Tradução e adaptação: Redação CDD – Crônicos do Dia a Dia

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