Dicas para falar com um especialista na Doença Ocular da Tireoide

As pessoas com o diagnóstico de Doença Ocular da Tireoide (DOT) podem enfrentar diferentes experiências relacionadas à condição. Entre elas, pode ser difícil compreender todos os sintomas ou até mesmo consultar um especialista na DOT.

Quem é o profissional que trata a Doença Ocular da Tireoide?

Devido à característica de diferentes condições serem comumente encontradas na mesma pessoa, pode ser necessária a busca de profissionais com especializações e formações diferentes, como um médico oftalmologista, especialista em Oculoplástica, Órbita e Vias lacrimais, para o tratamento da DOT e um endocrinologista, em caso de diagnóstico da doença de Graves ou de Hashimoto. Além disso, pessoas com DOT e com Graves ou Hashimoto comórbidas devem buscar o apoio de um psiquiatra, uma vez que disfunções na tireoide podem influenciar o estado do humor: 

  • Pessoas com hipertireoidismo (Graves) podem se mostrar mais nervosas, ansiosas e irritadas;
  • Metade das pessoas com hipotireoidismo (Hashimoto) apresentam sintomas depressivos e até mesmo depressão e um terço das pessoas com depressão têm hipotireoidismo.

Outros profissionais também podem ser importantes para o tratamento da DOT, são eles: médico clínico, reumatologista e psicólogo. 

Dicas para falar com o especialista sobre a Doença Ocular da Tireoide

É importante buscar aprender o máximo possível sobre a DOT junto do especialista que trata a condição, por isso preparamos dicas para você usar quando for conversar com o(a) médico(a):

  • Peça por fontes seguras de informações para ler mais a respeito;
  • Não subestime os sintomas. É possível que você se sinta relutante em expressar sentimentos sobre ter a Doença Ocular da Tireóide e como isso está afetando sua vida. Porém essas informações podem ser valiosas para que o especialista possa ajudar a melhor gerenciar a DOT;
  • Se você tiver dúvidas sobre a DOT, não tenha medo de perguntar. Certifique-se de escrever uma lista de perguntas a serem feitas antes de ir à sua consulta. Estas perguntas podem ajudar a iniciar a conversa:
    • “Quais mudanças específicas devo observar ao verificar meus olhos?”
    • “Com que frequência devo agendar consultas?”
    • “Como vamos tratar a DOT?”
  • Fazer anotações detalhadas durante a visita ao(a) médico(a) é uma maneira importante de se manter atualizado sobre a patologia. Em dias de consulta, certifique-se de levar um bloco e caneta;
  • Leve alguém junto para as consultas. Essa pessoa também poderá fazer anotações e, principalmente, fornecer apoio emocional em um possível momento difícil;
  • Seja específico e assertivo. Ao fornecer detalhes ao(a) médico(a) sobre a condição, é importante informar o suficiente para que eles compreendam o verdadeiro impacto da DOT na vida de quem tem o diagnóstico:
    • Use uma linguagem descritiva: “Sou muito sensível à luz. Até a luz de um computador machuca meus olhos.”
    • Faça uma lista de como a DOT afetou sua vida diária: “Não consigo mais dirigir”.
    • Identifique há quanto tempo os sintomas da DOT o incomodam: “Eu notei a dor atrás dos meus olhos cerca de 2 semanas atrás e isso ainda não passou.”
  • Acompanhe os seus sintomas, pois a DOT pode mudar com o tempo. Ao fazer um diário de sintomas, você poderá transmitir ao especialista sobre a evolução do seu caso com mais segurança.

Aprendendo mais sobre termos usados na Doença Ocular da Tireoide 

Algumas condições médicas podem trazer palavras complexas e deixar as pessoas confusas e sabemos que a Doença Ocular da Tireoide não fica atrás neste aspecto. De forma resumida, descrevemos abaixo os principais sintomas da DOT, que podem estar escritos de outra maneira mais complexa (veja mais abaixo):

  • Mudança na aparência dos olhos (geralmente olhos fixos ou esbugalhados)
  • Uma sensação de areia ou secura excessiva nos olhos
  • Olhos marejados
  • Intolerância a luzes brilhantes
  • Inchaço ou sensação de plenitude nas pálpebras superiores ou inferiores
  • Novas bolsas sob os olhos
  • Vermelhidão das pálpebras e olhos
  • Visão turva ou dupla
  • Dor dentro ou atrás do olho, especialmente ao olhar para cima, para baixo ou para os lados
  • Dificuldade em mover os olhos

Fique preparado se os termos/sintomas abaixo surgirem em sua busca/leitura sobre a Doença Ocular da Tireoide (muitos querem dizer o mesmo que os sintomas acima):

Diplopia: visão dupla

Edema palpebral: inchaço incomum das pálpebras

Eritema: olhos vermelhos

Estrabismo: Olhos desalinhados ou olhos que não se movem juntos

Exoftalmômetro: instrumento usado para medir o grau de deslocamento para a frente do olho;

Fotofobia: sensibilidade à luz

Proptose ocular ou exoftalmia: olhos salientes ou para fora, quando o globo ocular está mais saltado que o habitual, seria a “protusão do globo ocular”;

Retração palpebral: é a mudança de posicionamento das pálpebras superiores ou inferiores onde os olhos ficam mais abertos e arregalados

Leia também no site da CDD:

O que a tireoide tem a ver com a saúde dos olhos?

“Demorei 30 anos para descobrir a DOT”: conheça Gail Devers, a tricampeã olímpica com uma doença crônica rara

Baixe o ebook gratuito: Conheça a Doença Ocular da Tireoide

Tradução e adaptação: Equipe da Crônicos do Dia a Dia (CDD) 

Fonte: Thyroid Eye Disease Management Tips for Patients, 2021

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