por Suzana Gonçalves 
Mulher madura, 62 anos de vida, diariamente uma queixa, o tempo é válido na busca da paz interior, qualidade de vida e saúde.
Não, não foi a Esclerose Múltipla que me colocou na fila do serviço público de saúde. Aos 15 anos fui submetida à um isolamento hospitalar por longos 3 meses. Um derrame pleural me surgiu no auge da juventude. O primeiro teste de resiliência que a vida me impôs.
Três filhos, todos nascidos de parto cesarianas, tudo  pago do bolso, nos anos 80 nem se falava em plano de saúde.
Aos 51 anos a Esclerose Múltipla chegou e nos pegou de surpresa, já tinha plano de saúde, mas estava migrando para outro ,não tive direito a nada, a carência não permitiu. Muita  grana gasta  com consultas, exames, ressonâncias e internações.
Alívio pelo diagnóstico e saber que o tratamento de alto custo seria custeado pelo SUS.
E de bom, totalmente favorável ter o Centro de Referência em Esclerose Múltipla aqui na minha cidade, João Pessoa  na PB.
Centro este com todos os serviços multidisciplinares. Dispensação da medicação, enfermagem, psicologia, fisioterapia e neurologista.
Atualmente tenho plano de saúde.
A idade me impõe mais cuidados.
Acesso bom tanto do serviço público como o tamoxifen or anastrozole privado.
Gratidão imensa.
Continuo na luta coletiva por uma acessibilidades igualitária  de saúde a todas as pessoas do nosso país.
A convivência mais próxima com um número considerável de pessoas com doenças crônicas e graves, abre um leque de questionamentos.
Não posso ficar de braços cruzados.
A desigualdade é muito visível e complicada para os menos favorecidos.
Em especial nesse mês de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama.
Atualmente vislumbro um apoio muito grande através de campanhas desenvolvidas pelo SUS e ONGS no propósito de dar continuidade à busca por qualidade de vida em especial as mais carentes de acesso aos serviços públicos pelo complexo  volume de mulheres a realizarem seus exames.
O envolvimento da população, serviços de saúde privados, mistério público e nós mulheres nos ajudando e ajudando uma as outras com certeza irá diminuir muito o número de óbitos.Diagnósticos precoces salvam vidas.
Lute por uma Garota!
Sua voz salva vidas.

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